DPC Bismarck

"Blog mantido como instrumento de divulgação de conteúdos ligados à Segurança Pública"

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Capacitação suplementar continuada

Estamos mantendo contatos com a SCAP Treinamento (www.scaptreinamento.com.br) para reeditar  parceria feita em 2009 quando o proprietário do centro de treinamentos, professor/instrutor Roberto Aragão, disponibilizou bolsas (integrais e parciais) para capacitação suplementar de policiais civis do estado do Pará. Na época o centro fez uma parceria com a página dpcbismarck.com e policiais da Superintendência regional do Xingu, com sede em Altamira-PA, tiveram acesso aos treinamentos por preços promocionais. A reedição dessa parceria visa possibilitar que policiais civis do DPIH/Marabá e outros policiais lotados na Regional do Sudeste do Pará possam manter qualificação suplementar continuada com preços e prazos diferenciados.

Ao Prof. Roberto Aragão e todos os colaboradores da SCAP, nosso sincero muito obrigado.   

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Técnicas policiais sobre recrutamento do informante

JURÍDICO


O recrutamento do informante é atividade de extrema importância para a investigação de crimes, pois, muitas vezes, é a única possibilidade de uma variável para formulação da hipótese inicial. Ocorre muito nos crimes de autoria desconhecida. Salvo os crimes praticados inesperadamente, por força de súbita emoção, quase sempre o autor tem tempo para planejar estratégias que dificultem a coleta de provas, impondo maior esforço à busca de informações. 
Mesmo sendo de aparente informalidade o uso do informante é necessário o controle da legalidade. Primeiro para que não haja constrangimentos e abusos no recrutamento. Depois, para que informações contaminadas não acabem invalidando as provas. 

O recrutamento do informante não é tarefa fácil. Depende, muitas vezes de exaustivo trabalho de convencimento. O grau de dificuldade tem relação direta com a confiabilidade do cidadão na instituição policial. Quantas vezes perdemos a oportunidade de conquistar potenciais informantes, destratando ou não dando a atenção necessária ao cidadão que pede nosso apoio ou simplesmente uma informação. 

Deve ser feito um cadastramento com o perfil dessa pessoa, para consulta do investigador. O recrutamento deve ocorrer nas variadas classes sociais e ambientes da sociedade organizada. Uma relação de informantes em potencial poderá ser feita com nomes de pessoas que já mantiveram algum contato com a polícia, como vitimas, testemunha de outros crimes e pessoas que pedem a colaboração da polícia. Essas pessoas poderão ser também escolhidas de acordo com seu potencial de informação diante do fato, das circunstâncias, da motivação e do ambiente onde ocorreu. 

Exemplo: Crime de homicídio praticado por vingança, cuja vitima é comerciante que ganhou licitação pública. Algum dos concorrentes poderá ter informação ou a possibilidade de vir a tê-la, que viabilize formulação de hipóteses sobre a autoria. 

O recrutamento do informante deverá ser um processo regular da instituição policial e não do investigador em si. O informante é da organização. O controle institucional evita o uso inadequado dessa ferramenta e garante a verificação da validade da informação. Deverá haver um cuidado especial com o informante autor de crimes, pois o investigador não pode ceder diante de possíveis condições para oferecimento do dado que não sejam de acordo com a legalidade.